O Centro Olímpico do Ibirapuera, tradicional polo esportivo de São Paulo, está abandonado, como mostrou o Jornal da Band, e virou alvo de polêmica depois que o piso da pista de atletismo foi removido para uma corrida de drift, modalidade do automobilismo em que os carros aceleram e derrapam na pista.
Desde 2021, o complexo está em processo de tombamento. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou que autorizou a intervenção na pista, mas que não sabia do evento de carros.
O governo de São Paulo quer a reversão do processo de tombamento do estádio, que faz parte do complexo do Ibirapuera. O espaço está jogado às traças. Segundo a Secretaria de Esportes, responsável pelo espaço, reformas estruturais só podem ser feitas após o processo de tombamento.
No local, além da pista que ficou descaracterizada, chama a atenção o mato alto, falta de cadeiras na arquibancada e a água acumulada em alguns pontos.
De estrutura de treinamento, pouco sobrou. Uma das poucas coisas é uma rampa. O estádio já foi palco de importantes competições de atletismo, de jogos da Libertadores, na década de 90, e até de shows internacionais.
Entre os atletas que dependem do espaço, há pelo menos quatro nomes praticamente confirmados nos Jogos Olímpicos de Paris, e são treinados por Nélio Moura, campeão olímpico com Maurren Maggi.