Por trabalharem muito tempo nas ruas, os taxistas sabem como a cidade de São Paulo está perigosa. Um deles ouvidos pela reportagem da Band, o Antônio Carlos, foi assaltado há alguns meses na Avenida Rio Branco, no Centro, junto com uma passageira.
“Um cara quebrou o vidro, levou meu celular, levou a bolsa da mulher. Hoje, não podemos nem trabalhar”, lamentou o taxista.
Apesar do risco, a categoria segue unida e toma medidas para evitar os crimes. O celular se torna uma ferramenta importante, pois eles se comunicam sempre por meio de aplicativos, ocasião em que relatam violência ou situação ameaçadoras.
Dentro do carro, outras táticas são tomadas, como evitar deixar o celular ao alcance de ladrões.
Outra polêmica envolve o insufilme. Pelas regras da prefeitura de São Paulo, os taxistas podem circular nas faixas dedicadas aos ônibus, desde que não tenham películas de escurecimento dos vidros. Se houver desrespeito à norma, há multa.
Os motoristas, porém, argumentam que o acessório aumenta a segurança, segundo relatou à Band o taxista Valentim Domingos. Ele já teve quatro celulares roubados.
Outra medida muito usada por motoristas de São Paulo e, agora, também por taxistas, é a implantação da película antifurto. Ela é aplicada no vidro e tenta impedir que uma pessoa, normalmente com uma pedra – por isso o nome “gangue da pedrada” –, consiga quebrar a janela do carro para roubar o que tem dentro dele.
Algumas medidas de segurança, inclusive, são estendidas aos passageiros. Os taxistas informam os clientes quanto às orientações para evitar roubos.
“Mantenha o seu celular sem uso dentro do carro para não dar motivo para o ladrão ficar de olho”, comentou Laurindo Alves, outro taxista entrevistado pela reportagem da Band.