Enquanto algumas escolas seguem fechadas no Rio Grande do Sul, funcionários que não sabem quando será possível retornar às aulas trocam papel e caneta por luvas de borracha e se unem para fazer a limpeza.
A direção de uma escola municipal de Canoas está lavando por conta própria o que continua sujo de barro. “Destruiu tudo. A gente está bem triste, mas a gente quer a escola viva, quer vida na escola”, disse a diretora Cleonice Alves.
Salas de aula ficaram inundadas durante as enchentes de maio. Metade da cidade na região metropolitana alagou. Deu para salvar pouca coisa no primeiro andar do colégio.
A escola continua suja. A porta, o piso, as paredes e as janelas. Ainda tem muita limpeza pela frente. Isso que já faz dois meses do início da enchente. Ali atrás está a prova: a última aula foi dia 30 de abril.
O Exército chegou para ajudar nesta semana, mas as próprias funcionárias já tinham removido o “grosso” da sujeira.
“Faz mais de uma semana que estamos vindo diariamente, tentando tirar tudo que estava estragado, classe, mesa, armário, livros. Estamos há três semanas aguardando a limpeza que começou agora”, contou a supervisora Cátia Souza.
A poucos metros, outra escola municipal já passou pela primeira fase da limpeza, mas continua vazia. Segundo os responsáveis pela unidade, será preciso mais trabalho para voltar a encher o pátio.
“O que era de madeira inchou. Agora a gente está na reestruturação, estamos recebendo doações para começar a reestruturar as turmas”, disse a diretora Taiana Rosa.