As típicas chuvas de verão trazem o medo de novos deslizamentos de terra a moradores de Franco da Rocha, cidade da Grande São Paulo. No ano passado, regiões da cidade foram destruídas pela intensidade das precipitações e falta de investimentos de prevenção a esse tipo de tragédia.
Um dos sobreviventes conversou com a reportagem da Band. Por mais que o tempo passe, nada o faz superar a saudade do pai, de 82 anos, e outros seis familiares mortos na tragédia.
Ao todo, 18 pessoas morreram em decorrência dos deslizamentos. A obra de contenção da encosta, orçada em R$ 7 milhões começou só em outubro. Apesar da demora, a prefeitura da cidade nega atrasos.
“Essa obra foi feita em tempo recorde. Logo no final de janeiro, então fevereiro, já começamos a ir atrás de recursos. Fizemos a licitação, que também leva um tempo. O prazo é até meados deste ano”, explicou Nivaldo Santos, prefeito de Franco da Rocha.
No morro, operários perfuram a encosta para injetarem concreto. Na sequência, eles fazem uma estrutura com canos para a água dar vazão quando chover. Por outro lado, imagens feitas pela Band mostram que a obra ainda está no começo, justamente no período das chuvas. Isso preocupa moradores da região.
Semana passada, no canteiro de obras, um muro caiu. Isso assustou a população, sobretudo porque Franco da Rocha, tradicionalmente, sofre com o período chuvoso, ano após ano.
A prefeitura diz que toca obras para a construção de dois piscinões, mas eles só devem ficar prontos no próximo verão.
A frente fria que passa sobre a Grande São Paulo começa a se afastar neste fim de semana. Consequentemente, as chuvas tendem a ficar mais fracas e os dias mais quentes nos próximos dias.