As fiações elétricas soltas, emboladas e mal instaladas são compartilhadas entre empresas de energia e telecomunicações que fazem parte da cidade de São Paulo. Os fios emaranhados bloqueiam a passagem dos pedestres, postes pegam fogo e colocam em risco a vida da população.
Segundo o diretor executivo da Abracopel, Edson Martinho, ao encostar nas árvores que possuem contato direto com as fiações elétricas, ela fica toda energizada e qualquer pessoa que tocar pode levar choque. “Uma árvore dessas pode transmitir 200 volts, o suficiente para matar uma pessoa”, disse.
Os entraves ao aterramento dos fios são o alto custo das obras e o impacto no trânsito. Na cidade de São Paulo, apenas 0,3% dos 20 mil km de fiação estão aterrados.
A Enel disse que já cumpriu a meta de 65 km de fios, mas a prefeitura de São Paulo afirma que até agora foram enterrados 45km e a meta é 85km.
A Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações calcula que o gasto seria de R$ 81 bilhões para custear o aterramento dos fios.
A prefeitura afirma que não paga a conta e que o custo seria das empresas. No fim do ano passado, o prefeito Ricardo Nunes sugeriu a cobrança de taxa aos moradores para concluir o aterramento dos fios, mas que não seria obrigatório.