A falsa médica Marcela Gouveia foi solta após pagar fiança no valor de R$ 50 mil. Ela havia sido presa durante uma consulta no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo.
Marcela Gouveia vai responder ao processo em liberdade por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. Ela tem praticamente o mesmo nome e sobrenome de uma médica verdadeira, Marcela Gouvea, que é otorrinolaringologista.
A falsa médica fazia publicidade com dezenas de milhares de seguidores nas redes sociais, além de um site. Ela afirma ser farmacêutica de formação e estudante de medicina.
Como a farsa foi descoberta
Marcela Gouvea descobriu que uma falsa médica usava seu registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) através de uma denúncia recebida pelo Instagram. A profissional desmascarou a farsante ao marcar uma consulta e alertar a Polícia Civil sobre o golpe.
Minha amiga fez a consulta, com queixa de dor crônica cervical. A suposta médica fez o pedido de exame com meu carimbo e foi autuada na hora, contou.
Quando a suspeita carimbou a receita usando os dados da vítima, a polícia realizou a prisão em flagrante nesta terça-feira (30).
Quem é Marcela Castro Gouveia
- A falsa médica usava o registro no CRM de profissional com nome quase idêntico para exercer atendimento clínico.
- Marcela realizava procedimentos estéticos em consultório de alto padrão localizado em Perdizes, na zona oeste de São Paulo.
- Ela também atuava como influenciadora. No Instagram, reúne mais de 86 mil seguidores.
- Em suas redes sociais, se apresentava como doutora e porta-voz de duas empresas de produtos injetáveis estéticos.
- Formada em Farmácia, Marcela tem registro válido no Conselho Regional de Farmácia (CFR), informação que também apresentava em seus perfis.
- Para a Polícia Civil, além de farmacêutica, ela também afirmou ser estudante de medicina.
- Na delegacia, alegou que, por ser estudante, achou que não teria problema usar o registro alheio para realizar atendimentos.
- Ela foi presa em flagrante na terça-feira (30) e solta após pagar fiança de R$50 mil.
- O processo por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica será respondido em liberdade.
- A pena pode chegar a cinco anos de prisão.