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Dia Mundial do Autismo: conscientização e combate ao preconceito

Data celebrada neste 2 de abril, foi criada pela OMS, em 2007, com o objetivo de levar informação e combater a discriminação e preconceito

Vinicius Vainner

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado neste 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (OMS) em 2007 com o objetivo de levar informação e combater a discriminação e o preconceito. No Brasil existem cerca de dois milhões de pessoas autistas. 

O autismo não é doença e pode ser diagnosticado logo no primeiro ano de vida. “Você suspeitou do diagnóstico é o melhor momento, e esse melhor momento é durante o primeiro ano de vida”, declarou o neurologista da Infância e da Adolescência, Erasmo Casella. 

Anormal mesmo é o preconceito que ainda é registrado em quase todo o país. Na semana passada, esse homem que aparece de blusa preta nas imagens, entra na brinquedoteca de um restaurante em Teresina e agride verbalmente a babá e um menino autista de 6 anos. A discussão teria começado após a criança esbarrar no filho dele durante uma brincadeira.

Segundo testemunhas, ele disse que lugar de criança autista não é no meio de “crianças normais”. O pai da vítima, que é um deputado estadual e autor de projetos que combatem esse tipo de crime, denunciou o caso na Secretaria de Segurança do Piauí.

“Não podemos ficar em silêncio, o silêncio leva a conivência e a conivência leva ao aumento do crime. O que aconteceu com o meu filho foi um crime, crime de um adulto que queria tirá-lo de um espaço coletivo pelo fato de ser autista”, disse o deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva. 

Segundo dados da Organização das Nações Unidas, 55% das crianças autistas no Brasil já sofreram algum tipo de preconceito. O mais grave é que na maioria dos casos o agressor é um adulto.

O preconceito é mais um obstáculo para as pessoas autistas que, segundo especialistas, podem ter uma vida normal, como qualquer pessoa. “São pessoas que podem ser totalmente funcionais, ter uma vida normal ou quase totalmente normal, vão casar, ter filhos, fazer faculdade, exercer uma profissão”, reforçou o neurologista da Infância e da Adolescência, Erasmo Casella. 

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