Ouvidoria da PM diz que dez pessoas morreram em operação; secretário contesta

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, contestou esses números

Da redação

Soldado da Rota foi morto no Guarujá
Reprodução/Band

Pelo menos 10 pessoas morreram durante a megaoperação da polícia no litoral de São Paulo, após o assassinato de um policial militar da Rota, a tropa de elite da PM, no litoral de São Paulo. Os números são da Ouvidoria da Polícia no Estado. Porém, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, contestou esses números. Segundo ele, são 8 mortos após confronto com os policiais.

“Nós temos 8 ocorrências, com 8 mortos. Desses criminosos, 4 já foram identificados, todos com antecedentes criminais, alguns com algumas passagens pela polícia. Os outros 4 ainda estão sendo identificados”, disse.

Patrick Bastos Reis estava em serviço na última quinta-feira quando foi atingido por um tiro no tórax, dado por um sniper a uma distância de 50 metros no Guarujá.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o responsável pelo disparo está preso e é integrante do PCC. Erickson David da Silva, conhecido como Devinho, foi capturado na Zona Sul e deve passar nesta segunda (31) por audiência de custódia.

Ele é o sexto detido por envolvimento no crime. Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o assassinato ocorreu em um ponto de venda de drogas.

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo pediu que sejam investigadas as 10 mortes no Guarujá. O governo de SP marcou uma entrevista coletiva para dar detalhes sobre a operação. A coletiva será às 9h da manhã, no Palácio dos Bandeirantes. Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública não se pronunciou sobre as mortes.

O caso 

O boletim de ocorrência da morte do policial Patrick Bastos Reis, membro da Rota, uma das tropas de elite da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP), indica que não houve troca de tiros durante o patrulhamento. De acordo com as autoridades, os bandidos dispararam simplesmente por terem visto os agentes.

Outro policial foi baleado, o cabo Fabiano Marin, que levou um tiro na mão esquerda. Nas redes sociais, a corporação publicou um vídeo para mostrar a trajetória do PM que morreu durante o trabalho.

Com 30 anos, Patrick patrulhava a comunidade da Vila Zilda, no Guarujá, litoral de São Paulo. O crime aconteceu na noite da última quinta-feira (27). Nesta sexta-feira (28), equipes das polícias Civil e Militar buscam por suspeitos.

A polícia acredita que o tiro tenha sido com uma arma de grosso calibre, possivelmente, um fuzil. PMs que estavam na região chegaram a ouvir os disparos e foram até o local. Ainda na madrugada, teve início uma operação das duas policiais.

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