Uma loja de um shopping de Fortaleza é investigada por racismo após criar um código para discriminar clientes negros. Uma das vítimas é uma delegada, Ana Paula Barros que denunciou o caso, que aconteceu no último dia 14 de setembro.
Ana Paula disse que assim que ela entrou na loja Zara, o gerente do estabelecimento, Bruno Filipe Simões Antônio pediu para que ela se retirasse do local.
A alegação do funcionário seria que a delegada não usava máscara. Porém em imagens divulgadas pela polícia mostram que outros clientes também não usavam máscara no mesmo dia. O gerente foi indiciado por racismo e o inquérito foi concluído.
Algumas testemunhas disseram à polícia que a loja orientou trabalhadores a usar o código "Zara zerou" para alertar sobre a entrada de pessoas negras na loja do Shopping Iguatemi, em Fortaleza.
Em nota a Zara afirma que irá colaborar com as autoridades para esclarecer que a atuação da loja se fundamenta na aplicação dos protocolos de saúde.
Leia nota na íntegra
A Zara Brasil, que não teve acesso ao relatório da autoridade policial até sua divulgação nos meios de comunicação, quer manifestar que colaborará com as autoridades para esclarecer que a atuação da loja durante a pandemia Covid-19 se fundamenta na aplicação dos protocolos de proteção à saúde, já que o decreto governamental em vigor estabelece a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes públicos. Qualquer outra interpretação não somente se afasta da realidade como também não reflete a política da empresa. A Zara Brasil conta com mais de 1800 pessoas de diversas raças e etnias, identidades de gênero, orientação sexual, religião e cultura. Zara é uma empresa que não tolera nenhum tipo de discriminação e para a qual a diversidade, a multiculturalidade e o respeito são valores inerentes e inseparáveis da cultura corporativa. A Zara rechaça qualquer forma de racismo, que deve ser combatido com a máxima seriedade em todos os aspectos.