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Defesa Civil inicia retirada de toneladas de peixes mortos no Rio Piracicaba

Ação, que conta com apoio de embarcações e hidrotratores, visa mitigar impactos ambientais a partir da retirada de cardumes mortos

LUCIMEIRE RAMALHO

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A Defesa Civil de São Paulo iniciou neste domingo (21) o trabalho de retirada dos cardumes do Rio Piracicaba. Segundo o órgão, pelo menos 36 toneladas de peixes mortos já foram retirados do local. 

Após o desastre ambiental que ocorreu na região de Campinas, diversos órgãos, sob o comando da Polícia Militar Ambiental, com apoio da Cetesb e da Secretaria do Meio Ambiente, atuam para mitigar os danos. 

As equipes lideradas pela Polícia Militar Ambiental e a Defesa Civil utilizaram cerca de dez embarcações de pequeno porte e mais dois hidrotratores para fazerem a limpeza no rio, mais de 30 pessoas atuaram no apoio.

Os hidrotratores retiram os cardumes maiores, enquanto as embarcações menores fazem a retirada manual. 

“O trabalho tem sido conduzido com extremo cuidado, pensando na preservação do ambiente e na recuperação da fauna afetada”, informou a pasta em nota. 

Voluntários locais, incluindo pescadores da região do Rio Piracicaba e agentes da Defesa Civil e dos municípios de Piracicaba, São Pedro, Campinas e Santa Bárbara D’Oeste estão sendo mobilizados para reforçar as equipes de operação. A logística de transporte dos peixes para caminhões e o manejo adequado visam minimizar a contaminação ambiental.

O Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo realizou diversos sobrevoos no Rio Piracicaba para mapear os pontos de maior concentração de cardumes mortos.

Multa de R$ 18 milhões 

A Cetesb concluiu o laudo sobre a morte dos peixes no Rio Piracicaba e multou a Usina São José S/A Açúcar e Álcool em R$ 18 milhões. 

Segundo o documento, a empresa foi a responsável por fazer uma descarga de águas residuárias industriais e mel de cana-de-açúcar no rio, o que provocou um déficit do oxigênio dissolvido da água, causando a morte de mais de 235 mil peixes na região urbana de Piracicaba (SP), em 7 de julho, e na Área de Proteção Ambiental (APA) Tanquã, em 15 de julho.

Ainda de acordo como o documento divulgado pela Cetesb, foi identificada a relação direta entre o extravasamento da substância poluente pela usina e os dois episódios de mortandade de peixes. 

A pena aplicada à empresa teve agravantes como omissão sobre o extravasamento de substância poluidora, o alto volume de peixes mortos e atingimento de área de proteção ambiental. Além da multa, a Cetesb estabelecerá exigências técnicas e medidas corretivas por parte da usina.

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