Uma menina de três anos de idade foi baleada dentro do carro da família no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense, na noite desta quinta-feira (7). O estado de saúde da criança é considerado grave.
Heloísa dos Santos estava no carro com familiares quando foi atingida. Familiares dizem que o tiro partiu de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O motivo do disparo teria sido porque o motorista não obedeceu uma ordem de parada dada pelos policiais.
Porém, os familiares informaram à equipe da Band que, no momento que passavam pelo local, havia uma viatura da PRF e não faziam nenhuma blitz. Nesse momento que passou, não percebeu nenhuma ordem de parada, mas, na sequência, ele verificou que os agentes encostaram no carro e por iniciativa própria decidiu ir para o acostamento, mas quando estava parando o veículo ouviu um barulho muito forte.
“(fez alguma ordem de parada?) Não, quando eles chegaram perto ao meu carro, eles acenderam o giroflex, que estava apagado, foi na hora que eu dei seta, eu ando a 70 quilômetros e não passo disso, e estava parando o carro quando eu ouvi os disparos”, declarou o pai da criança à Band.
Segundo ele, não deu tempo de falar nada e nem dos agentes verem quem estava dentro do carro. O pai de Heloisa informou que ouviu cerca de quatro a cinco disparos.
A menina chegou “com rebaixamento de nível de consciência, sangramento ativo no couro cabeludo, sendo sedada e entubada”. A paciente foi avaliada pela Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (Cipe), neurocirurgia e pediatria, com realização de exames de imagem e laboratório. A menina foi encaminhada para o centro cirúrgico e está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI). “Seu estado é grave”, afirma a nota da secretaria.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, somente em 2023, 18 crianças foram baleadas na região metropolitana do Rio de Janeiro. Sete morreram.
Policiais afastados
A PRF informou nesta sexta-feira (8) que três policiais envolvidos no caso foram preventivamente afastados das funções operacionais, "inclusive para atendimento e avaliação psicológica". A corregedoria da PRF apura caso. “A instituição colabora com as investigações da polícia judiciária para o esclarecimento dos fatos", diz o comunicado.
"A PRF expressa seu mais profundo pesar e solidariza-se com os familiares da vítima, assim como está em contato para prestar apoio institucional. A arma do policial que efetuou o disparo foi apreendida", diz a nota.