Com Lula e sem Milei, cúpula do Mercosul marcará entrada da Bolívia

Bloco se reúne nesta segunda-feira (8) em Assunção, no Paraguai. O presidente brasileiro, na sequência, segue para visita oficial na Bolívia

Da Redação

Com Lula e sem Milei, cúpula do Mercosul marcará entrada da Bolívia
Lula
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta segunda-feira (8) da 64ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, que acontecerá em Assunção, no Paraguai. O encontro deve formalizar a entrada da Bolívia no bloco. 

Atualmente, o Mercosul é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Os estados associados são Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.

O presidente da Argentina, Javier Milei, não comparecerá ao evento e deve ser representado pela chanceler Diana Mondino.

Segundo o Palácio do Planalto, o Brasil deve assinar um convênio com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA), entidade que apoia técnica e financeiramente a realização de estudos, projetos, programas, obras e iniciativas que promovam o desenvolvimento harmônico e a integração física dos países membros da Bacia do Prata: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Entrada da Bolívia no Mercosul 

O processo de ingresso da Bolívia no Mercosul foi iniciado em 2015, a partir de assinatura de tratado. O país terá quatro anos para incorporação, a partir da data de entrada no bloco, com a adoção da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), a Tarifa Externa Comum (TEC) e o Regime de Origem do Mercosul. 

A formalização da entrada boliviana no bloco acontece após uma tentativa de golpe de Estado no país. Em 26 de junho, um grupo de soldados do Exército, liderado pelo general Juan José Zúñiga, se reuniu na praça central Plaza Murillo, onde estão localizados o palácio presidencial e o Congresso boliviano. 

Com tanques blindados, eles arrombaram uma porta do palácio presidencial, o que permitiu que os soldados entrassem no prédio.

O presidente Luis Arce nomeou novos comandantes para as Forças Armadas e os soldados acabaram se retirando do local. Zúñiga e cerca de uma dezena de militares bolivianos já foram presos.

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