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Seis pessoas são presas por envolvimento nos incêndios criminosos em SP

Este é o agosto com o maior registro de queimadas no estado em 26 anos

da Redação com Deutsche Welle

Seis pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento nos incêndios criminosos que atingem o interior de São Paulo. As detenções aconteceram entre sábado (24) e segunda-feira (26) nas cidades de Ribeirão Preto, Batatais, Guaraci, São José do Rio Preto e Jales. 

O primeiro preso, no sábado, foi um homem suspeito de atear fogo em lixo em São José do Rio Preto. O segundo, no domingo, em Batatais, foi um homem flagrado colocando fogo em mata. De acordo com policiais, o celular do suspeito tinha vídeos de incêndios armazenados na galeria de imagens – inclusive com ele comemorando.

Nesta segunda, dois homens foram detidos por policiais, um em Batatais e um em Guaraci, após serem denunciados por incendiar matas. A quinta prisão aconteceu em São José do Rio Preto adepois de um homem que havia colocado fogo em terreno ter sido identificado por câmeras de segurança. 

Defesa Civil confirma "ação humana"

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, disse nesta segunda-feira (26) que 99,9% dos incêndios registrados ao longo do fim de semana foram causados por ação humana. Segundo ele, pelo menos 31 inquéritos já foram abertos junto à Polícia Federal (PF).

Mais de 20 mil hectares já queimaram (o equivalente a 20 mil campos de futebol) no estado. É o agosto com o maior registro de incêndios em São Paulo em 26 anos.

Embora os focos tenham ficado concentrados em áreas rurais, especialmente de Ribeirão Preto, sobretudo em canaviais, muita fumaça cobriu o céu das cidades próximas e se alastrou em direção à região central do país, chegando a cidades como Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.

Denúncia de “dia do fogo”

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou no domingo que o governo considera a hipótese de uma ação similar ao "dia do fogo" – referência a 10 de agosto de 2019, quando grileiros e produtores rurais fizeram um movimento coordenado para incendiar áreas da Floresta Amazônica.

"Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo", afirmou Silva, na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em dois dias tenha diversas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios.

Mortos e desabrigados

Os incêndios que atingem o interior do estado há mais de uma semana já deixaram três mortos, 800 desabrigados e 48 cidades em alerta máximo para queimadas.

A primeira vítima morreu no último dia 18 tentando apagar um incêndio em uma propriedade rural na cidade de Icém. Outros dois funcionários de uma usina morreram nesta sexta (23) tentando combater chamas em Urupês.

Cidades em alerta para incêndios

  1. Monte Alegre do Sul
  2. Alumínio
  3. Santo Antônio do Aracanguá
  4. Piracicaba
  5. Pontal
  6. Monte Azul Paulista
  7. Sertãozinho
  8. Torrinha
  9. Santo Antônio da Alegria
  10. Nova Granada
  11. Iacanga
  12. Taquarituba
  13. Coronel Macedo
  14. Ubarana
  15. Pompeia
  16. Boa Esperança do Sul
  17. Pitangueiras
  18. Salmourão
  19. Lucélia
  20. Poloni
  21. Dourado
  22. Sabino
  23. Jaú
  24. Pirapora do Bom Jesus
  25. Itápolis
  26. Itirapina
  27. Bernardino de Campos
  28. São Simão
  29. Presidente Epitácio
  30. Bebedouro
  31. Bananal
  32. São Luís do Paraitinga
  33. Ibitinga
  34. Tabatinga
  35. Brodowski
  36. Luís Antônio
  37. Pedregulho
  38. Tambaú
  39. Urupês
  40. Turiúba
  41. Arealva
  42. Pradópolis
  43. Altinópolis
  44. Paulo de Faria
  45. Águas da Prata
  46. Morro Agudo
  47. Batatais
  48. Barrinha

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