Cemaden emite alerta para risco de deslizamentos em áreas de SP, RJ e BA

No ano passado, o Brasil registrou uma média de três desastres naturais por dia - entre janeiro e dezembro foram 1.161 eventos

Por Cesar Cavalcante

Cemaden emite alerta para risco de deslizamentos em áreas de SP, RJ e BA
Deslizamento de terra no litoral de São Paulo, em fevereiro de 2023
Defesa Civil de SP

Muita chuva em pouco tempo aumenta o risco de deslizamentos de terra em áreas de encosta devido ao solo que vai se encharcando cada vez mais. E o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) mapeou três áreas onde esse risco é ainda maior nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. 

Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2022. Vários deslizamentos de terra e 235 mortos. Um ano depois, em São Sebastião, no litoral de São Paulo, 64 vidas perdidas.

No ano passado, o Brasil registrou uma média de três desastres naturais por dia - entre janeiro e dezembro foram 1.161 eventos -, como deslizamentos de terra e transbordamento de rios. Um recorde. 

Segundo o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), 132 pessoas morreram em eventos desse tipo. Os desastres deixaram, ainda, mais de 9 mil feridos e quase 600 mil pessoas sem casas.

Novo levantamento do Cemaden alerta que é alto o risco de queda de encostas em cidades do sul da Bahia, como Ilhéus e municípios perto de Salvador. No Rio de Janeiro, há alerta para cidades do sul do estado, como Angra dos Reis e também na baixada fluminense. Em São Paulo, o risco é maior no Litoral Norte, nas cidades de São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba. Para os próximos dias, a previsão é de chuva forte nessas regiões. Os moradores dessas áreas precisam ficar alertas ao menor sinal de instabilidade do terreno:

“Importante se atentar a sinais que possam ocorrer durante a chuva ou entre uma chuva e outra, como lama barrenta com folhagem que possa estar caindo de cima do morro, árvores ou postes inclinados (…) também o aparecimento de trincas, rachaduras, portas e janelas batendo e não fechando, pode ser sinal de que a estrutura foi afetada. Ao ver esses sinais, é importante que as pessoas saiam”, disse o capitão da Defesa Civil de São Paulo, Roberto Farina, em entrevista à Band. 

Em São Paulo, após a tragédia em São Sebastião, a Defesa Civil passou a contar com um novo radar meteorológico capaz de monitorar com maior precisão a possibilidade de chuva em áreas de risco. Sistema de sirenes disparam em caso de risco, e mensagens de SMS são enviadas para os moradores.

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