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Caso Vitória: Justiça veta presença de Maicol em reconstituição do crime

Defesa do único suspeito preso pela morte de Vitória Regina, de 17 anos, também conseguiu na Justiça a negativa para a produção de um laudo psiquiátrico

Por Guilherme Oliveira

A Polícia Civil de São Paulo decidiu fazer a reconstituição da morte de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, e solicitou a presença de Maicol Antonio Sales, único suspeito preso pelo crime. Porém, a Justiça atendeu o pedido da defesa e vetou a participação dele. 

Além disso, a defesa do suspeito de matar a jovem em Cajamar, na Grande São Paulo, também conseguiu na Justiça a negativa para a produção de um laudo psiquiátrico. 

Segundo a polícia, Maicol apresenta comportamentos variados nos interrogatórios e tem transtornos. Por conta disso, solicitou o exame psiquiátrico e, a partir do laudo, encerraria o caso. 

Suspeito diz que foi coagido a confessar

Os advogados do suspeito também tentam anular o depoimento em que Maicol confessa a autoria do crime. Segundo a defesa, ele foi coagido e pressionado a confessar que matou a adolescente. 

Um áudio divulgado pela defesa e exibido no Brasil Urgente sugere que os policiais disseram a ele que iriam incriminar a mãe e a esposa dele. Para proteger a família, ele teria confessado o crime. Leia a transcrição abaixo:

“Quando foi por volta de dez horas, eles me chamaram na sala e falaram que ia me ferrar de qualquer jeito. Ele pegou e falou que ia colocar que minha mãe, que minha mãe limpou a cena do crime, falou que ia colocar a minha esposa, ia colocar a minha família toda. Se eu não ajudasse, ele ia colocar a minha família toda. Aí eu inventei uma história e falei que fui eu para livrar minha família. Se vocês ‘pegar’ e puxar pela câmera que tem ali fora, chegou o ‘polícia’, foram lá, me chamaram e eu falei que não ia falar com eles, aí o policial falou assim: ‘já que você não vai cooperar comigo, então você vai ficar no banheiro’. Aí me colocou dentro do banheiro e falei que depois ia me puxar de novo’, disse.

As autoridades ainda aguardam pelo resultado dos laudos periciais sobre as manchas de sangue encontradas no carro e na casa de Maicol. 

O suspeito está preso temporariamente desde o dia 8 de março. Atualmente, Maicol está no CDP II de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.

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