O ex-vereador Jairinho será interrogado nesta segunda-feira (13) no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, depois de a Corte negar o pedido da defesa para adiamento da sessão. Os advogados do padrasto de Henry Borel solicitavam a inclusão de novos depoimentos dos médicos que estavam de plantão no hospital para onde o menino foi levado no dia da morte.
Jairinho e a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, padrasto e a mãe do menino Henry Borel, de quatro anos, são acusados pela morte da criança no dia 8 de março do ano passado. Laudos apontam que a vítima sofreu torturas no apartamento em que moravam na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro.
Jairinho e Monique foram presos em abril de 2021 e, desde o dia 6 de abril deste ano, a mãe do menino está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e impingiu intenso sofrimento, além de ter sido praticado contra menor de 4 anos, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Monique foi dispensada pelo juízo de comparecer aos atos a pedido da defesa. O argumento é que ela já prestou interrogatório por 11 horas em fevereiro deste ano e há preocupação com a integridade física da ré, após ameaçadas sofridas na prisão.
Monique foi ouvida no dia 10 de fevereiro e sustentou que sofria abusos físicos e psicológicos cometidos por Jairinho, seu companheiro à época. Disse também que, no dia da morte de Henry, foi obrigada pelo ex-parlamentar a tomar calmante para dormir e, por isso, não viu o que aconteceu com o menino.
No mesmo dia, Jairinho falou por apenas 10 minutos, alegou inocência e questionou as provas obtidas pela polícia e os laudos da necropsia.