A defesa de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, mulher acusada de matar o próprio namorado com um brigadeirão envenenado, pediu a exumação do corpo da vítima. Segundo a advogada, a causa do óbito de Luiz Marcelo Antônio Ormond, que aconteceu em maio deste ano, no Rio de Janeiro, ainda não foi confirmada.
O pedido ainda está em análise com a Justiça. Os primeiros laudos identificaram a presença de clonazepan e morfina no corpo do empresário. No pedido de exumação, a defesa alegou que ele consumia remédios diariamente e que é necessário um novo exame para verificar a quantidade de droga no organismo.
Caso do brigadeirão envenenado
Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, foi visto pela última vez na tarde de 17 de maio, saindo da piscina do prédio, acompanhado de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos. O momento foi gravado por câmeras de segurança do edifício. As imagens, obtidas pela Band, mostram os dois no elevador. O empresário tosse bastante e aparenta estar com tontura, chegando a se apoiar na lateral.
O corpo de Luiz Marcelo foi achado no dia 20, no sofá da sala, após a denúncia de vizinhos, que sentiram um cheiro forte vindo do apartamento. Ele estava em avançado estado de decomposição. A polícia acredita que Júlia pode ter ficado por três dias no mesmo imóvel antes de fugir.
Ela se entregou à polícia no dia 4 de abril e foi presa, apontada como principal suspeita pela morte.
Uma cigana identificada como Suyane Breschak também foi presa na ocasião suspeita de participar da trama. Segundo as investigações, Júlia devia dinheiro à mulher, que seria uma espécie de mentora espiritual, e planejou matar o namorado para se apossar dos bens e do dinheiro dele e pagar as dívidas.
A cigana confessou à polícia que sabia do plano e disse, inclusive, que Júlia chegou a enviar mensagens a ela após o crime se queixando do cheiro forte do corpo da vítima.