A Representação do Brasil na Palestina informou nesta quinta-feira (2) a segunda lista de estrangeiros que foram autorizados a deixar a Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. 

Na nova lista, foram autorizadas as saídas de estrangeiros do Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade.

Foram autorizados a cruzar a fronteira cerca de 576 estrangeiros desses países. Desse total, pelo menos 400 são norte-americanos. 

A expectativa agora é que os brasileiros possam deixar o local na sexta-feira (3). Existe uma preocupação do Itamaraty para a saída urgente por causa da deterioração das condições humanitárias no território. Falta comida e água em pontos do enclave, além de dificuldades para conseguir atendimento médico.

O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, disse que toda a estrutura para a saída dos brasileiros está montada. Ao chegar ao Egito, os nacionais seguirão para o Cairo, capital egípcia, e embarcarão em um avião cedido pela Presidência da República. A chegada está prevista para o Aeroporto Internacional de Guarulhos e há previsão de que recebam auxílio do governo federal para se reestabelecerem no país.

O primeiro grupo de estrangeiros foi autorizado a deixar o enclave palestino nesta quarta-feira (1º) após mais de três semanas do início do conflito entre o grupo terrorista Hamas e as forças de Israel. Na lista, foram autorizados a cruzar a passagem de Rafah cidadãos da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca, além de pessoal da Cruz Vermelha e de ONGs.

A Representação do Brasil na Palestina monitora a situação de 34 pessoas que pediram ajuda para deixar o enclave, sendo 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração e três palestinos que darão início à imigração. O governo brasileiro tem articulado com autoridades egípcias e israelenses a repatriação dessas 34 pessoas, por meio da passagem de Rafah.

O grupo está dividido em endereços de Rafah e Khan Younes. Segundo o governo brasileiro, os locais foram informados a Israel para que não realize bombardeios.