O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, declarou nesta segunda-feira (29) que “acompanha com atenção o processo de apuração” das eleições presidenciais na Venezuela.
No comunicado, o Itamaraty afirmou que o governo “saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela”. A pasta também reafirmou “ainda o princípio fundamental da soberania popular”, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados.
Nese contexto, o governo brasileiro informou que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de “dados desagregados” pelo CNE da Venezuela, “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
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O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração.
Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados.
Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito.
O que diz o assessor Celso Amorim
O assessor especial da presidência para assuntos internacionais Celso Amorim, que está em Caracas, declarou que o governo brasileiro continua acompanhando o “desenrolar dos acontecimentos” para chegar a uma avaliação baseada em fatos.
“Como em toda eleição, tem que haver transparência, o CNE ficou de fornecer as atas que embasam o resultado anunciado. Também não vou endossar nenhuma narrativa de que houve fraude”, afirmou Amorim em nota.
Segundo ele, é uma situação complexa e o país quer apoiar a normalização do processo político venezuelano.
Eleições na Venezuela
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou na madrugada desta segunda-feira (29) que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato com 51,2% dos votos, contra 44% do candidato de oposição, Edmundo González.
As lideranças de oposição, no entanto, anunciaram que não reconhecem o resultado das eleições no país. Segundo Edmundo González e María Corina Machado, as pesquisas indicavam vitória com certa folga do opositor e que teriam 40% das atas de votação.
Por conta desse cenário, vários líderes da América do Sul, como Chile e Argentina, declararam que não vão reconhecer o resultado eleitoral e pediram transparência no pleito.