A Polícia Civil do Rio Grande do Sul acredita que a briga na família envenenada após o consumo de um bolo, que matou três pessoas, começou há 20 anos e teria sido motivada por dinheiro: mais especificamente, o valor de R$ 600.
Em conversa com a reportagem da Band, o delegado Marcos Veloso, responsável pela investigação, disse que o valor teria sido sacado de maneira indevida. A polícia acredita que esse foi o primeiro passo da briga, que já dura duas décadas.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul informou que o resultado dos exames do corpo de Paulo dos Anjos, sogro da suspeita de envenenar a família com o bolo, deve sair nos próximos dias. Ele, que é marido da mulher que preparou a sobremesa e permanece internada, morreu em setembro, por suposta intoxicação alimentar.
A suspeita foi presa no domingo (5) e conduzida ao Presídio Estadual Feminino de Torres. Segundo os policiais, o pedido de prisão foi baseado não apenas na desavença da nora com a família, mas em outras evidências que serão detalhadas futuramente, após a conclusão do inquérito e o indiciamento.
O marido dela ainda não prestou depoimento. A investigação apura se ele também tem envolvimento no envenenamento da família. Segundo o delegado, ele deve ser um dos últimos a ser ouvido pela polícia.
Sobre o caso
Seis integrantes da mesma família buscaram atendimento médico no dia 23 de dezembro após comerem um bolo e apresentarem sintomas de intoxicação. Três deles morreram: as irmãs Maida Berenice da Silva e Neuza Denize dos Anjos, e a filha dela, Tatiana dos Anjos.
Zeli Teresinha dos Anjos, que preparou o bolo, permanece internada na UTI em estado estável. Dois outros membros da família – um homem adulto e uma criança de 10 anos – precisaram de atendimento médico e já receberam alta.