O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Osvaldo Nico Gonçalves disse nesta terça-feira (17), em entrevista à TV Band, que a prisão de Paulo Cupertino Matias foi possível após contato do empresário com conhecidos.
“O serviço de investigação do boca a boca, né? A gente sabe que estava batendo muito na região de Santo Amaro e Interlagos, porque ele tem muitos amigos lá. E a gente sabe que uma hora ele ia procurar algum amigo. Então, começamos a monitorar alguns amigos dele. E agora é que vai começar nossa investigação. Vamos incriminar toda essa rede que ajudou ele a fugir”, anunciou o delegado, em entrevista ao Bora São Paulo.
Segundo ele, Cupertino procurou por amigos “desmancheiros de carro”. “O pessoal que é do crime, onde ele se infiltrou não gosta de chamar a polícia, de 'caguetar' para a polícia. Então, ele ficou em um ambiente de criminosos, principalmente na fronteira”, contou.
O acusado passa por audiência de custódia nesta terça-feira (17) para que seja transferido a um Centro de Detenção Provisória. Ele passou a noite no 77º Departamento Policial, em São Paulo.
Prisão de Paulo Cupertino
Cupertino foi preso nesta segunda-feira (16), quase 3 anos depois da morte do ator Rafael Miguel e dos pais dele. O crime ocorreu em 9 de junho de 2019.
No mesmo dia, o empresário foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde fez o exame de corpo de delito, e depois foi para a Divisão de Capturas, no prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro da capital paulista.
Antes de ser preso, o suspeito disse ter ficado quatro meses hospedado no Mont Star Hotel, em Interlagos, na Zona Sul. Durante esse tempo, teve diversos esconderijos, no interior do Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai.