Artista troca tinta pelo plástico para recriar quadros

No Brasil dos 11 milhões de toneladas de plástico produzidos por ano, estima-se que 1% apenas seja reciclado

Tiago Prudente, no Bora Brasil

O artista brasileiro Eduardo Srur passou a usar plástico no lugar das tintas para fazer seus quadros. A exposição virtual que ele realiza é um convite a repensar o consumo e a relação com o meio ambiente. 

“Eu mudei o processo de trabalho e as ferramentas. Ao invés de eu pintar com tinta óleo e pinceis eu troquei por plástico”, explica Eduardo. É possível ver a exposição Natureza Plástica de forma virtual. A mostra, que reúne seis obras, tem a mesma técnica, que é a utilização do plástico descartado.

Ao trabalhar com o plástico, Eduardo tem quase uma palheta de cores infinita. Cada um tem uma textura, uma tonalidade, feito de um material, que torna a criação de cada obra um desafio, mas é muito mais que isso, tem a ver com conscientização. 

No Brasil dos 11 milhões de toneladas de plástico produzidos por ano, estima-se que 1% apenas seja reciclado. Um desafio que empresas como a EDP, do setor elétrico, estão dispostas a enfrentar. 

“É uma autorreflexão de um novo posicionamento estratégico dizendo que a gente pode sim avançar novas fronteiras, não só a energia verde que é importante, renovável, sustentável e que já faz parte do nosso DNA, mas a possibilidade de entrar em novos campos de atuação falando na questão de responsabilidade e consciência ambiental”, explica Dominic Schmal, diretor de sustentabilidade EDP. 

O plástico não está ligado diretamente ao negócio da empresa de energia, mas a escolha do tema não é por acaso. “Nós enxergamos o plástico como um tema urgente. Uma atitude que a gente precisa tomar agora. Um habito que a gente precisa pensar e repensar como sociedade para gerações futuras”, disse Dominic.

A palavra sem dúvida da nossa relação com o plástico daqui para frente tem que ser ressignificar. “Essa é a palavra, ressignificar, é você trazer uma reflexão e uma nova energia. A arte e um exemplo de como nós temos uma capacidade criativa que é mais potente que essa falta de consciência, que essa falta de reflexão, com o próximo com a natureza que é quem nos nutre”, disse o artista plástico. 

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