Com a chegada do grupo extremista Talibã na capital do Afeganistão muitos cidadãos querem fugir. Ahmad Fazal, que vive no Brasil há 9 anos, é dono de um açougue no Brás, no centro de São Paulo. Ele relata as tensões que o país está vivendo com informações diárias enviada por seus amigos.
Quem anda com a bandeira do país nas ruas ao invés da do talibã é recebido com tiros e ameaças. Os refugiados afegãos que moram no Brasil temem pela vida de seus familiares que continuam no país.
A última vez que o Rabi Fazal viu seu filho ele tinha 10 dias de vida. O desejo dele é um só: “Eu queria que o governo brasileiro me ajudasse a reencontrar minha esposa e meu filho. Liberando o visto para eles”.
Desde que chegou ao Brasil há dois anos e meio que ele tenta um visto para a esposa e o filho. Das três tentativas, duas foram negadas e uma segue em análise. A única forma de sair do país nesse momento é pelo céu. Todas as fronteiras terrestres estão fechadas pelos países vizinhos.
Situação que o Abdullah vive neste momento. Ele está no Afeganistão. Há dois anos tem residência no Brasil e está tentando voltar. Ele estava de férias no país quando o Talibã tomou o controle. “O Talibã não deixa as pessoas saírem do país. E com isso não consigo voltar para o Brasil”.
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Para ajudar essas pessoas a embaixada brasileira no Paquistão, que é quem está cuidando desses assuntos, está de prontidão para ajudar.
Segundo nota do ministério de relações exteriores, está sendo estudado junto ao Ministério da Justiça e Segurança pública, a possibilidade de concessão de vistos humanitários para afegãos como antes concedidos a haitianos após o terremoto de 2010 e aos sírios em 2011 pela guerra civil.