A partir de junho deste ano, funcionários do Aeroporto Internacional de Guarulhos não poderão mais utilizar os aparelhos celulares em pontos sensíveis do terminal de carga. A decisão ocorreu depois da investigação da Polícia Federal a respeito do caso das brasileiras presas na Alemanha vítimas de um esquema de traficantes para enviar drogas ao exterior.
Após a investigação do caso, a PF afirmou que os traficantes usaram celulares para combinar a troca da etiqueta das malas de Kátyna Baía e Jeanne Paolini.
Nos últimos dois anos, a Polícia Federal prendeu ao menos 100 funcionários terceirizados que trabalhavam dentro do aeroporto e tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
Relembre o caso
O Consulado-Geral do Brasil acompanha de perto o caso das duas brasileiras presas na Alemanha. Kátyna Baía e Jeanne Paolini são acusadas pelas autoridades alemãs de tráfico internacional de drogas.
Segundo a Polícia Federal, elas teriam sido vítimas de uma quadrilha no Brasil que troca as etiquetas das bagagens no aeroporto. Um esquema de traficantes para enviar drogas ao exterior.
Elas saíram de Goiânia com destino a Alemanha. O voo fez uma escala em São Paulo, no aeroporto internacional de Guarulhos.
Depois de despachadas, as malas são levadas para uma área restrita. Lá, funcionários de empresas terceirizadas que, segundo as investigações, fazem parte da quadrilha tiravam as etiquetas com dados dos passageiros e colocavam em malas com drogas, evitando que elas passassem pelo raio-x.
Segundo a Polícia Federal, as brasileiras levavam bagagens diferentes das apreendidas pelas autoridades alemãs, nas quais foram encontrados 40 quilos de cocaína. Seis funcionários de empresas terceirizadas do aeroporto de Guarulhos foram presos.
A embaixada brasileira disse que já fez algumas visitas às goianas detidas em presídio feminino de Frankfurt e que trabalha para resolver a situação. A Polícia Federal vai enviar detalhes das investigações à polícia da Alemanha.