
Elis Regina, uma das maiores cantoras da história do país, completaria 80 anos nesta segunda-feira (17), se estivesse viva. Em homenagem à artista, a reportagem traz raridades da “pimentinha da MPB” guardadas no acerto da Band.
Há quem diga que da infância até o último dia, lutou pelo direito de mudar de ideia. A unanimidade ficou para o seu talento.
Na Band, ela se sentia em casa. Procurar pelos arquivos de Elis Regina é tropeçar na história da música brasileira. Com Adoniran Barbosa, no tradicional bairro paulistano do Bixiga, virou um especial em 1978.
A gravação do álbum "Elis e Tom" de 1974 em Los Angeles, Estados Unidos, tem bastidores históricos gravados pelo diretor Roberto de Oliveira, que trabalhava na Band. O documentário "Elis e Tom, só tinha que ser com você" levou estes registros para o cinema em 2023.
Em 1975, "Falso Brilhante", um marco na história da MPB, foi gravado no Teatro Bandeirantes. Até de festa da firma a Elis participou.
A artista tinha 19 anos quando deixou Porto Alegre. Era 1964, e o Brasil entrava numa ditadura militar. Primeiro foi para o Rio, mas foi na capital paulista que sua vida se transformou, onde se reinventou nos anos 70, virou a maior intérprete do Brasil e alcançou destaque internacional.
Elis com a palavra
Em 2025, na comemoração dos 80 anos da Pimentinha, vai ter novidade para curtir sua obra. Tudo graças a inteligência artificial no trabalho de restauração.
“Esse ano a gente vai fazer um filme que é a ‘Elis com a palavra’. Ela falando dela, não tem ninguém, é só a Elis contando a história dela”, declarou o produtor musical João Marcello Bôscoli, filho da cantora.
Ao ser questionado sobre qual adjetivo que cabe para falar sobre Elis Regina, João Marcello Bôscoli respondeu: “Acho uma pessoa incrível, difícil de acreditar que ela existiu”.