Bombeiros retiram corpo da represa Billings, em SP, onde barqueiro desapareceu

Adolfo Duarte, o Ferrugem, levava dois casais para passeio na noite de segunda quando teria caído na água. Polícia investiga

Da redação

Barqueiro desapareceu após levar dois casais para passeio
Divulgação

O Corpo de Bombeiros informou que foi localizado na manhã deste sábado (6) um corpo na represa Billings, na zona sul de São Paulo, na região onde o barqueiro Adolfo Souza Duarte desapareceu na noite de segunda-feira (1º). 

Segundo os Bombeiros, o corpo foi encontrado às margens da primeira balsa, retirado e deixado aos cuidados da polícia, que investiga o caso. O corpo deverá ser levado ao Instituto Médico Legal para perícia.

Equipes de busca passaram cinco dias mergulhando na Billings atrás de Adolfo. Conhecido como Ferrugem, Adolfo trabalha como guia turístico da Billings há oito anos. Ele também atua em projetos sociais com jovens do Grajaú.

Na noite de segunda-feira, ele levou dois casais para o passeio. De acordo com os passageiros, o grupo de amigos passou a noite no bar e o barqueiro ofereceu um passeio de barco por R$ 55. Ele colocou coletes salva vidas apenas nas mulheres, mas disse que elas poderiam tirar no meio do passeio.

O passeio durou 30 minutos e quando estavam voltando, aproximadamente 20 metros da margem, o barco sofreu um balanço forte.

O barqueiro e uma mulher, que estavam na parte de trás do barco, caíram na água. Um dos passageiros assumiu o volante do barco e deu a volta para socorrer as pessoas.

Os passageiros jogaram uma boia na água e socorreram a mulher. Depois de cair na água, o barqueiro não foi mais visto.

Ao voltarem à margem, os passageiros pediram ajuda e relataram terem sido agredidos por populares e frequentadores de um bar, sendo acusados de terem matado o barqueiro.

O celular da mulher que caiu na água foi tomado por um dos populares, que não devolveu.

Um sócio de Adolfo disse que a vítima era habilitada para conduzir a embarcação e que a parte de trás do barco estava danificada depois do passeio.

O rastreador do barco mostrou que foi feito o trajeto normal e que o barco foi ligado às 19h16 e desligado quase 1 hora depois, às 20h12. Mas o barco ficou parado no mesmo lugar de forma incomum, antes de voltar para a margem.

A família do barqueiro suspeita da versão das testemunhas. “Ele é habilitado pela marinha, sabe nadar, conhece muito bem o barco”, disse Uiara Souza, mulher de Adolfo.

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