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Bombardeio de Israel deixa ao menos 182 mortos no Líbano

Ataque aéreo é o mais letal contra o Líbano desde 7 de outubro. Governo israelense diz que alvos eram bases onde o Hezbollah guardava armamentos, mas há civis entre vítimas.

Por Deutsche Welle

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O maior e mais mortal ataque aéreo de Israel contra o Líbano em quase um ano da escalada do conflito na região deixou pelo menos 182 mortos e mais de 700 feridos nesta segunda-feira (23/09), segundo o Ministério da Saúde libanês.

Os alvos do bombardeio foram centenas de bases do grupo extremista Hezbollah onde eram guardados armamentos, de acordo com os militares israelenses. Os alvos estavam no sul do Líbano, no Vale do Beqaa, no leste do país, e na região norte, perto da Síria.

"Estamos aprofundando nossos ataques no Líbano, as ações continuarão até atingirmos nosso objetivo de devolver os moradores do norte em segurança para suas casas", disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em vídeo.

Cresce tensão entre Israel e Líbano

O ataque dá continuidade ao acirramento da tensão entre Tel Aviv e o grupo extremista. Na semana passada, um ataque sem precedentes fez milhares de pagers e walkie-talkies explodirem, ferindo mais de 3 mil e matando 39 pessoas, incluindo integrantes do grupo terrorista, crianças e mulheres.

A operação foi atribuída a Israel, que não confirmou nem negou a responsabilidade do ataque.

Na sexta, bombardeios israelenses atingiram um prédio residencial nos subúrbios da capital Beirute, matando 45 pessoas, incluindo Ibrahim Aqil, membro do alto escalão do Hezbollah, segundo Tel Aviv.

O Hezbollah, por sua vez, intensificou os disparos de foguetes contra Israel durante o fim de semana e lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones no norte do outro país, em retaliação aos ataques. A atuação do grupo extremista vem em apoio ao seu aliado palestino Hamas.

Desde o ataque de 7 de outubro, quando militantes palestinos se infiltraram em Israel em um festival de música, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando 251, o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, promete "aniquilar" o grupo. Para isso, tem comandado uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que já deixou mais de 40 mil mortos.

No Líbano, o número de mortes causados pela guerra de Israel contra o Hamas e o Hezbollah gira em torno de 600 – entre eles, mais de 100 civis.

Ataque anunciado nas mídias sociais

O exército israelense anunciou a ação desta segunda-feira em suas mídias sociais. Foi publicada uma foto do tenente-general Herzi Halevi, descrito como o chefe militar, aprovando os ataques a partir do quartel-general militar em Tel Aviv.

sf (AP, Reuters)

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