Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer nesta terça-feira (17) que vai entrar com pedido de impeachment de Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso de seus cargos como ministros do Supremo Tribunal Federal ainda nesta semana.
O presidente tem intensificado as críticas aos ministros do STF depois que foi incluído no inquérito das fake news - o quinto aberto contra ele, entre pedidos do Supremo e TSE.
“Quando perguntam: ‘O que você vai fazer?’. Esta semana tem novidades, dentro das quatro linhas da Constituição. Temos novidades pela frente. Eu vou entrar com pedido de impedimento dos ministros no Senado, colocar lá. O que o Senado vai fazer? Está com o Senado agora, é independência. Eu não vou tentar cooptar senadores de uma forma ou de outra, oferecendo alguma coisa para eles, etc, para eles votarem o impeachment deles [dos ministros] ”, disse em entrevista à Rádio Capital Notícia, de Cuiabá (MT).
Diante da crise entre os poderes, aliados de Bolsonaro tentam convencê-lo a não encaminhar ao Senado a abertura de processo contra ministros do STF. Como Bolsonaro tem insistido, defendem que ele pelo menos delegue a função em vez de entregar o pedido pessoalmente.
A avaliação no Planalto é a de que seria um gesto ao STF e evitaria mal-estar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Bolsonaro prometeu, no último fim de semana, pedir abertura de processo contra Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes por, segundo ele, “extrapolarem os limites constitucionais”, na esteira do pedido de prisão contra o ex-deputado Roberto Jefferson. Para a oposição, a ação não tem chance de prosperar.
Mais cedo nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Bandeirantes (veja íntegra abaixo), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), disse que a carta pública assinada por 14 governadores em defesa do Supremo Tribunal Federal visa garantir que, se o STF precisar, "haverá condições de os estados colaborarem para que ele continue a funcionar".