Em visita a Petrópolis, Jair Bolsonaro disse que viu uma imagem quase de guerra na cidade atingida por fortes chuvas entre terça e quarta-feira desta semana. A tragédia deixou mais de 120 mortos e mais de 100 desaparecidos. Nesta sexta-feira (18), ao chegar da Hungria, o primeiro compromisso do presidente foi sobrevoar as áreas destruídas.
“Vimos pontos localizados, mas de intensa destruição. Vimos, também, regiões que existiam casas, pelo que nós vimos perifericamente ao estrago causado pela erosão. Então, é uma imagem quase que de guerra. É lamentável. Tivemos uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu em Petrópolis”, respondeu Bolsonaro.
Espera-se que, hoje, Bolsonaro caminhe no Centro da cidade para ver melhor a dimensão dos estragos. Na companhia do presidente, estavam o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o ministro Braga Netto, da Defesa.
Pelas contagens do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do Rio de Janeiro, mais de 120 pessoas morreram por conta da tragédia. As buscas continuam em meio à lama e destroços com 44 pontos de atendimentos.
Recursos emergenciais
Em Petrópolis, membros do governo federal pontuaram medidas emergenciais para a cidade. Segundo o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, duas medidas provisórias devem destinar mais R$ 1 bilhão para ajudar os estados impactados por catástrofes climáticas. O valor se soma aos R$ 1,2 bilhão aprovados pelos ministérios da Cidadania e Infraestrutura desde novembro.
“Em relação a recursos, nós já recebemos a primeira medida provisória de mais de mais de R$ 500 milhões. Na próxima semana, chegará outra de R$ 500 milhões. Nós temos aí, só no nosso ministério, mais de R$ 1 bilhão disponíveis para a cidade de Petrópolis e as demais regiões de outros estados acometidos por catástrofes climáticas. Acrescido aos R$ 700 milhões do Ministério da Cidadania e R$ 500 milhões da Infraestrutura, são mais de R$ 2 bilhões disponibilizados pelo governo federal do final de novembro até agora”, informou Marinho.
Sobre recursos para medidas preventivas, Bolsonaro explicou que eles devem constar no orçamento da União, dos estados e municípios, aprovados previamente por parlamentares das respectivas esferas de Estado.
“Repito que as medidas preventivas são do Orçamento Geral da União, votado na época certa. As medidas emergenciais são diferentes, como estamos fazendo agora”, disse o presidente. Os recursos emergenciais são os mais de R$ 2 bilhões destinados a estados atingidos por catástrofes climáticas.