O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, declarou em depoimento à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfatizava a necessidade de parar “eventuais abusos” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público, nesta sexta-feira (15), depoimentos dados para a Polícia Federal na investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Baptista Júnior foi questionado sobre como seria o plano de execução do cumprimento da ordem de prisão contra o ministro do STF, que é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e relator na Suprema Corte de inquéritos que investigam Jair Bolsonaro.
Na resposta, o ex-chefe da Aeronáutica afirmou que participou de reuniões com Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas após o término das eleições de 2022, no Palácio da Alvorada, “o ex-presidente enfatizava a necessidade de parar os abusos” do ministro Alexandre de Moraes.
Em depoimento, Baptista Júnior afirmou ser contrário a qualquer medida ilegal e procurou dissuadir o então presidente de qualquer medida extrema. Reforçou também que não participou de qualquer planejamento para monitorar e prender o ministro e só tomou conhecimento dos fatos após operação da Polícia Federal.