O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta do Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (5). A informação, confirmada por ele nas redes sociais, havia sido adiantada pelo repórter Lucas Jozino, da Rádio Bandeirantes.
“Alta agora. Obrigado a todos. Tudo posso naquele que me fortalece”, escreveu o presidente ao fazer o anúncio. Ele deve deixar a unidade nas próximas horas acompanhado dos seguranças.
Bolsonaro foi internado inicialmente para passar por exames na madrugada da última segunda (3). Na ocasião, a instituição informou que ele apresentava “suboclusão intestinal” e seguiria hospitalizado.
O médico do presidente, Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, falou com exclusividade à Rádio Bandeirantes e explicou o quadro. De acordo com Macedo, Bolsonaro apresenta problemas semelhantes com certa frequência porque possui um aparelho digestivo “muito sensível e delicado” devido à facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.
“Então, às vezes, uma comida que desce um pouquinho mais diferente pode causar essa obstrução, mas não significa que ele vai ter que ser operado. Às vezes, com o próprio mecanismo digestivo, ela é expelida para baixo. Foi assim meses atrás. Ele veio, ficou dois ou três dias internado, melhorou significativamente e teve alta sem cirurgia”, disse.
Facada durante campanha de 2018
As complicações de saúde que o presidente Jair Bolsonaro enfrenta são, segundo os médicos que o acompanham, consequência do ataque que sofreu no ano de 2018 em Juiz de Fora (MG).
A Polícia Federal escolheu um delegado que já investigou a facção criminosa PCC para apurar o atentado. Martin Bottaro Purper está há 17 anos na PF. Ele vai buscar informações para julgar se Adélio Bispo, o responsável pelo ataque, agiu sozinho ou se atuou a mando de alguém.
A reabertura do caso foi determinada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região em novembro do ano passado depois de um pedido da defesa do próprio presidente. O TRF-1 autorizou que a polícia quebre os sigilos bancário e telefônico do advogado Zanone Manuel de Oliveira, um dos defensores do acusado.
Nas duas investigações anteriores, a PF concluiu que ele agiu sozinho.