O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu entrevista coletiva, nesta segunda-feira (25), para falar sobre o indiciamento dele por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro negou envolvimento e criticou o inquérito da PF.
"As acusações são terríveis. Não se justifica denunciar da forma leviana como está sendo feito. Ninguém tem dúvida, até pelos áudios vazados, que o processo é conduzido e alterado o tempo todo. Tem grau de sigilo mais alto para ser alterado como convém", iniciou Bolsonaro.
O ex-presidente disse que, para dar golpe, é preciso ter apoio de todas Forças Armadas: "Ninguém vai dar golpe com generais da reserva e meia dúvida de militares da ativa".
Bolsonaro também opinou que o crime não foi iniciado, apenas planejado: "Essa história de assassinato de autoridades, no meu entender, foi jogado. Pra dar a entender que jogaram fora das quatro linhas. Não cola isso daí. Não sou jurista, quando começa um crime ou termina. No meu entender, nada foi iniciado. Não podemos começar agora a querer punir um crime de opinião".
Além de falar do indiciamento, Bolsonaro também levantou um questionamento sobre um inquérito de 2018, de número 1361, que está sob segredo de Justiça, segundo ele. Bolsonaro disse que não pode falar do que se trata, mas argumentou que isso esclareceria fatos que aconteceram em 2022.