Bolsonaro não vai depor presencialmente na Superintendência da Polícia Federal

Bolsonaro ainda pode depor no Palácio da Alvorada. Depoimento está previsto para começar às 14 horas

Valteno de Oliveira, no BandNews TV

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não irá depor presencialmente na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, no caso do vazamento de inquérito no ataque hacker ao TSE. Bolsonaro ainda pode depor no Palácio da Alvorada. Depoimento está previsto para começar às 14 horas. 

Bolsonaro decidiu recorrer da decisão que o obriga a prestar depoimento de forma presencial, nesta sexta-feira (27) sobre a divulgação de inquérito sigiloso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Advocacia-Geral da União deve protocolar o recurso nos próximos minutos, antes do horário marcado para o depoimento.

A ordem foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes após Bolsonaro não ter informado, num prazo de 60 dias, o dia e horário para a realização do interrogatório. Segundo o STF, o presidente deve prestar depoimento hoje, às 14h, na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal. 

"Não tendo o Presidente da República indicado local, dia e horário para a realização de seu interrogatório no prazo fixado de 60 (sessenta) dias, determino sua intimação, por intermédio da AGU, para que compareça no dia 28/1/2022, às 14h00, para prestar depoimento pessoal, na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal”, informou o despacho assinado por Moraes.

Entenda o inquérito

A abertura do inquérito sobre o vazamento foi uma determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, a pedido do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu prorrogação do prazo no fim de novembro, estendido por mais 45 dias.

Filipe Barros (PSL-PR), que estava na live com o presidente, já prestou depoimento, onde disse que ambos não tinham ciência de que esse inquérito era sigiloso. O delegado que apurava o ataque ao TSE e acabou afastado do cargo também foi ouvido.

Depoimento acontecerá em meio a novos ataques contra ministros do STF

A determinação acontece no momento em que Bolsonaro voltou a atacar os ministros do STF. No dia 13 de janeiro, afirmou que Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, e Moraes eram "defensores de Lula".

Moraes é relator de quatro de cinco inquéritos abertos na Corte para investigar o Bolsonaro. No ano passado, Barroso rebateu o presidente quando ele colocou em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.

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