
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai comparecer ao plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal para acompanhar a sessão de julgamento que, nesta quarta-feira (26), pode torná-lo réu por crime de golpe de Estado.
O ex-chefe do Executivo acompanhará a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República da sede do PL, em Brasília.
A avaliação de interlocutores do ex-presidente é a de que o "efeito político" da presença de Bolsonaro no julgamento foi cumprido nesta terça-feira, 25, quando ele acompanhou as duas primeiras sessões do julgamento que pode abrir uma ação penal contra ele e mais sete denunciados.
O ex-presidente nega envolvimento com a trama golpista que ele é acusado de liderar.
O julgamento começou nesta terça, mas os ministros analisaram apenas questões preliminares, que discutem pontos relacionados ao processo. A defesa do ex-presidente questionou em especial a delação do ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid.
Todos os sete questionamentos feitos pelas defesas foram rejeitados. Hoje os ministros vão julgar o mérito do recebimento da denúncia.
Se o STF tornar Bolsonaro réu, terá início o trâmite da ação penal contra o ex-chefe do Executivo. Somente ao final de todo o processo, que inclui uma série de oitivas e procedimentos - tanto de acusação como de defesa - será marcado o julgamento que pode sentenciar Bolsonaro.