Nesta sexta-feira (02), o Presidente Jair Bolsonaro lamentou o atentado sofrido pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Ela foi alvo de uma tentativa de disparo de arma de fogo. Bolsonaro comparou o episódio ao golpe de faca que sofreu em Juiz de Fora (MG), em 2018.
“Já mandei uma notinha, eu lamento. Agora quando eu levei a facada, teve gente que vibrou por aí, né? Lamento, já teve gente querendo botar na minha conta este problema. O agressor ali, ainda bem, que não sabia mexer com arma, se soubesse teria sucesso” afirmou em um evento no Rio Grande do Sul.
A tentativa de homicídio acontece em meio a tensões políticas envolvendo o nome de Cristina Kirchner. Neste mês, o Ministério Público pediu 12 anos de prisão para a vice-presidente, por crimes de corrupção.
A situação política e fiscal também mexe com a sociedade argentina.
Entenda atentado contra Cristina Kirchner
A vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi vítima de uma tentativa de assassinato, na noite desta quinta-feira (1º), enquanto cumprimentava apoiadores no bairro Recoleta. De repente, em meio a multidão, surgia uma arma, a poucos centímetros do rosto da vice-presidente. O público que estava em volta é que imobilizou o homem que tentou tirar a vida da política argentina (veja no vídeo abaixo).
Ele foi identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos. Um brasileiro, filho de um chileno com uma argentina e que morava no país desde 1993.
Nesta sexta-feira, a polícia foi a casa de Fernando, no subúrbio de Buenos Aires, e encontrou cerca de 100 balas. Segundo as investigações, a arma usada ontem é pistola semiautomática Bersa, de fabricação argentina, tinha cinco balas e um carregador. A investigação vai apontar porque o armamento falhou.
Nas redes sociais, vídeos mostram Fernando sendo entrevistado por televisões argentinas com críticas aos planos sociais governo. Em algumas fotos ele aparece tatuagens com símbolos nazistas e comentários de ódio.
Depois da tentativa de assassinato, Kirchner continuou a assinar livros, a tirar fotos e a cumprimentar a população. Só em casa ela ficou sabendo do que havia acontecido.
Alberto Fernández, presidente do país, fez um comunicado em televisão aberta e classificou o ataque como "o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia".