Bolsonaro diz que chances de Dom e Bruno serem achados vivos diminuem a cada dia

Jornalista britânico e indigenista brasileiro estão sendo procurados na Amazônia após sumirem no domingo

Lisandra Paraguassu, da Reuters em Los Angeles

Bolsonaro no plenário da Cúpula das Américas
Daniel Becerril/Reuters - 09/06/2022

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que não tem notícias do paradeiro do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, e que a passagem de tempo diminui a chance de serem encontrados vivos após terem desaparecido em uma região remota da floresta amazônica.

"Não tenho notícias do paradeiro deles. Pedimos a Deus que sejam encontrados vivos, mas sabemos que a cada dia que passa a chance diminui", disse Bolsonaro a jornalistas, ao sair do hotel onde está hospedado em Los Angeles.

"Eles entraram em uma área, não participaram à Funai. Tem um protocolo a ser seguido, e aquela região geralmente a gente anda escoltado. Foram para uma aventura. A gente lamenta pelo pior", acrescentou.

Como mostrou a Reuters, o desaparecimento do jornalista e do indigenista pesou entre os membros da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que chegou nesta quinta a Los Angeles para a Cúpula das Américas.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, que veio a Los Angeles com Bolsonaro, terá uma reunião com uma representante do governo britânico para explicar o que está sendo feito até agora.

Depois da entrevista, Bolsonaro tuitou que as Forças Armadas e a Polícia Federal, dentre outros, estão "trabalhando de forma intensa" na busca pelos dois desaparecidos. "Mais de duas centenas de militares foram mobilizados para solucionar o caso o quanto antes", afirmou.

Testemunhas disseram que viram pela última vez o repórter (um freelancer que escreve para o Guardian, Washington Post e outras publicações) no domingo, junto com Pereira, que já teve cargo de coordenador na Fundação Nacional do Índio (Funai). Eles estavam em uma viagem para reportagem no Vale do Javari, uma área remota da floresta amazônica que abriga o maior número de indígenas isolados do mundo, além de quadrilhas de tráfico de cocaína e caçadores e pescadores ilegais.

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