
Ao sair da sede do Partido Liberal em direção ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (25), Jair Bolsonaro afirmou para repórteres que "espera Justiça" e que não há nada que fundamente a denúncia contra o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.
A Primeira Turma do STF julga a denúncia contra Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado, liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união e deterioração de patrimônio tombado.
"Espero Justiça, a gente sempre espera. Estou bem. Não tem nada que se fundamente nas acusações parciais feitas pela Polícia Federal" - Jair Bolsonaro.
O ex-presidente afirmou que a defesa dele irá levantar uma tese sobre o foro onde a denúncia foi julgada. "Onde Lula foi julgado? Em primeira instância, há poucas semanas mudou-se o entendimento de foro, para eu ficar na primeira turma, depois questionaram a questão de plenário", pontuou.
Ele também criticou o prazo para a defesa avaliar o processo e a denúncia. "Nos deram 15 dias para defender de um processo de mais de 100.000 páginas, mais uma quantidade grande também de vídeos e áudios. Agora não deram a integridade do que foi usado como prova", disse.
Além de Bolsonaro, os outros aliados que pódem se tornar réu são: os ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça), além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
A 1ª Turma do STF é composta por: Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente da Turma), Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.