O presidente Jair Bolsonaro diz que conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre um novo medicamento para ajudar no combate à pandemia. "Tratamos da participação do Brasil na 3ª fase de testes do spray EXO-CD24, medicamento israelense que, até o momento, vem obtendo grande sucesso no tratamento da Covid-19 em casos graves", escreveu ele em suas contas de redes sociais.
Na quinta-feira (11), Bolsonaro antecipou a reunião e voltou a falar em tratamentos alternativos. "Lá (em Israel) está sendo desenvolvido, está em fase final, um remédio para curar a Covid. Quando eu falei em remédio lá trás, levei pancada. 'E a vacina?'. Entrou na pilha da vacina, o cara que entra na pilha da vacina, só a vacina, é um idiota útil", afirmou.
Presidente volta a defender remédios sem eficácia comprovada
Durante a live, Bolsonaro justificou a produção da hidroxicloroquina pelo Exército com dinheiro público. O presidente explicou que outras doenças como a malária e o lúpus podem ser tratadas com o medicamento, mas voltou a falar em tratamento precoce, que já foi descartado, inclusive por técnicos da Anvisa, e o uso de medicamentos sem eficácia comprovada em pacientes com o coronavírus.
"Existe o tratamento off-label. Tem muito médico que usa a hidroxicloroquina, a ivermectina etc para o tratamento precoce, então houve um consumo maior disso sim. Eu tomei, qual é o problema?", concluiu.
Os dois medicamentos já foram amplamente descartados no combate à Covid-19. A empresa que produz a ivermectina inclusive fez uma publicação criticando esse tipo de uso.