A Bolívia rompeu relações com Israel, por "cometer crimes contra a humanidade em seus ataques à Faixa de Gaza". É a segunda vez: em 2009, pelo mesmo motivo, a Bolívia cortou relações diplomáticas com Israel, restabelecidas em 2020, no governo da presidente Jeanine Aniez. 

O presidente do Chile, Gabriel Boric, chamou seu embaixador em Israel para consultas após "as violações israelenses do direito internacional humanitário na Faixa de Gaza". 

Além dos rompimentos, a guerra teve outros momentos nesta semana:

Feridos estão sendo retirados do inferno de Gaza. E os estrangeiros, inclusive brasileiros, poderão segui-los. A porta de Rafah, na fronteira do Egito, foi aberta na manhã desta quarta-feira.

Dois dos jornais de Israel, Haaretz e Jerusalem Post, dão em manchete que dois soldados israelenses foram mortos em combates em Gaza — enquanto a imprensa mundial publica fotos do ataque ao campo de refugiados Jabalya, com pelo menos 50 mortos. Ambos os jornais amanheceram velhos: o porta-voz militar anunciou nesta quarta-feira que mais dez israelenses foram mortos.

A marinha de Israel patrulha agora o Mar Vermelho para interceptar novos mísseis e drones enviados pelos rebeldes houthis do Iêmen, aliados do Irã. O país baixou o tom guerreiro, pelo menos no Iran Daily. Até agora, as ameaças de atacar Israel eram diárias. Hoje a sua manchete é: Bibi desafia apelos por cessar-fogo. Mas este é o tom da imprensa regional: no Kuwait Times: "Cessar-fogo já". 

O Muscat Daily pede investigação sobre a agressão israelense. O Peninsula, do Qatar, tranquiliza: continua seu esforço de mediação. Para o Daily Sabah, da Turquia, Israel está testando os limites do "sofrimento civil". Os dois jornais dos Emirados, The National e Gulf News saíram com um balanço do ataque à Gaza de ontem: cem mortos.