Sem patrocinador oficial, mesmo com a redução de R$ 10 milhões para R$ 6 milhões da proposta, a prefeitura deve cancelar o desfile dos blocos de rua. Na semana passada, o próprio prefeito Ricardo Nunes disse que cancelaria o “Esquenta Carnaval SP” caso não houvesse interesse da iniciativa privada.
“Se tiver patrocínio privado, vai ter [carnaval em julho]. Se não tiver, a prefeitura não colocará recursos públicos. Portanto, no ano que vem, se a gente fizer o chamamento público para o Carnaval de rua e não tiver patrocinador dentro do calendário, a gente vai colocar o recurso. Eu creio que deva ter patrocinador porque reduziu o valor”, explicou o prefeito no dia 30 de junho.
Emendas de vereadores são alternativas
Segundo Nunes, a única alternativa para a realização do Carnaval é por meio da liberação de recursos pelos vereadores com o uso de emendas parlamentares. Organizadores de blocos criticam a possibilidade de cancelamento do evento e disseram que os grupos pequenos são os mais prejudicados.
Muitos desses blocos já investiram recursos próprios para fazerem os desfiles que devem ocorrer em julho. A Band procurou a prefeitura, mas ainda não há respostas sobre o possível cancelamento do Carnaval ou se a gestão articulará emendas com vereadores.
Quase 300 blocos se inscreveram para os desfiles, a maior parte deles com trajetos previstos para a zona Oeste e o Centro de São Paulo.