A Polícia Civil de São Paulo tem a suspeita de que a cúpula do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano (Sindmotoristas) da capital estivesse usando os cargos para atrapalhar as investigações um possível desvio de recursos.
Agora, o ex-deputado Valdevan Noventa, presidente licenciado da entidade, e outros membros da diretoria podem mais frequentar a sede nem exercer qualquer atividade relacionada ao sindicato. A decisão foi expedida pela Justiça de São Paulo.
A polícia acredita que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 20 milhões, a partir de recursos repassados pela prefeitura às empresas de ônibus.
“As empresas de ônibus, que eram ameaçadas, extorquidas por essa organização criminosa para que empresas de plano de saúde, plano odontológico, cesta básica e outros benefícios fossem contratados à escolha dos sindicalistas, desse grupo que foi afastado. Então, essas empresas repassavam dinheiro para eles”, pontuou o delegado Roberto Monteiro.
O Sindmotoristas informou que não foi notificado sobre o afastamento da diretoria da entidade e que toda a cúpula colabora com as investigações.
Uma operação da Polícia Civil apura lavagem de dinheiro, ocultação de bens, direitos ou valores e organização criminosa. A diretoria do sindicato estaria envolvida nos crimes, segundo a investigação.