SP: hospital referência contra o câncer pode deixar de atender pacientes do SUS

Hospital AC Camargo alega que repasses do SUS estão defasados e que, devido a isso, não renovou o contrato com a prefeitura de São Paulo

Da redação

Hospital AC Camargo deve deixar de atender pacientes do SUS
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Hospital AC Camargo, referência nacional em tratamento de câncer, deve deixar de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de dezembro deste ano em São Paulo. O estabelecimento alega que a tabela de custos com procedimentos e cirurgias está defasada.

Pacientes da rede pública e particular são atendidos pelo hospital, que é mantido pela Fundação Antônio Prudente com dinheiro repassado pelo Ministério da Saúde por meio da prefeitura de São Paulo.

Procurado pela Band, o Hospital AC Camargo, em nota, informou que que a maioria dos pacientes que contava com o atendimento hospitalar já finalizou os respectivos tratamentos oncológicos, de maneira a está em fase de acompanhamento clínico.

“Essa readequação do impacto social beneficiará todo o país, sendo a melhor contribuição possível em razão da defasagem da tabela SUS, que ameaça diretamente a existência da Instituição”, explicou a nota do AC Camargo. “A instituição esclarece que não está em discussão deixar de fazer o bem público, mas o modo de fazer, com quais parceiros, e em que localidade”, continuou a instituição.

O que a prefeitura diz

Em nota à Band, a prefeitura de informou que trata com o hospital a possibilidade de continuar com os atendimentos públicos. A Secretaria Municipal de Saúde declarou que, independente da manutenção da parceria, a rede municipal seguirá com o atendimento oncológico em outras unidades.

“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclarece que foi informada pela Fundação Antônio Prudente/Hospital A.C. Camargo sobre a sua intenção de interromper o convênio com a secretaria a partir de 9 de dezembro de 2022. A pasta tem realizado reuniões com a instituição a fim de avaliar a possibilidade da continuidade da assistência à população”, diz trecho da nota.

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