Governo de São Paulo deve pagar por cirurgias eletivas em hospitais privados

Estado tem fila de 540 mil pessoas esperando por procedimento cirúrgico agendado

Da Redação, com Boa Tarde, São Paulo

Pré-candidato à reeleição, o governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (25) que irá lançar um mutirão de cirurgias eletivas para suprir a demanda represada de procedimentos na rede estadual de Saúde durante o período de restrições da pandemia. 

Em  evento no Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, no Centro da capital paulista, Garcia disse que seu governo vai vai aumentar o número de cirurgias nos hospitais públicos de 25 mil para 75 mil operações por mês. 

A principal estratégia para reduzir a fila é contratar serviços de hospitais filantrópicos e particulares no Estado. A rede municipal de Saúde também pode ser utilizada por meio de convênio especial. 

Fila

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo tem 540 mil pessoas esperando por uma cirurgia eletiva, que não é considerada de urgência e que o médico agenda o dia e o horário para sua realização conforme mapa cirúrgico do hospital e a ocasião mais propícia.

Segundo o governo, o sistema de saúde estadual, com a capacidade atual, levaria aproximadamente dois anos para colocar a fila em patamares pré-pandemia. A meta do governo paulista é chegar a essa condição em cinco meses, até outubro, quando serão realizadas as eleições de 2022. 

“Fica lançado hoje o mutirão de cirurgias, com o objetivo de em cinco meses nós diminuirmos significativamente essa fila de cirurgias eletivas, com um investimento de mais de R$ 350 milhões. Estamos pagando o dobro da tabela SUS pra que hospitais privados e também filantrópicos nos ajudem a atender mais de 500 mil pessoas que vivem um drama pessoal por conta de não ter uma cirurgia realizada”, disse o governador.

Pacientes devem passar por avaliação

O mutirão deve abranger 54 tipos diferentes de procedimentos, de sete especialidades. 

Os hospitais públicos vão começar o mutirão dia 1º de junho. As instituições particulares e filantrópicas ainda devem assinar contratos com o governo, o que deve ocorrer em julho.

Os pacientes, segundo o governo, serão chamados pela Central de Regulação do Sistema de Saúde (Cross) e devem, antes da marcação da cirurgia, passar por uma avaliação. 

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