Biden indica primeira ministra negra para Suprema Corte

Ketanji Brown Jackson tem "uma das mentes jurídicas mais brilhantes de nossa nação", diz presidente americano

Da Redação

Ketanji Brown Jackson é primeira negra indicada à Suprema Corte dos Estados Unidos Reprodução / CNBC
Ketanji Brown Jackson é primeira negra indicada à Suprema Corte dos Estados Unidos
Reprodução / CNBC

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (25) ter escolhido a juíza Ketanji Brown Jackson como a nova integrante da Suprema Corte do país.

Jackson é uma juíza de segunda instância da Justiça Federal americana. Ela deve ser a primeira mulher negra a ocupar o cargo de ministra da Suprema Corte do país.

“Tenho orgulho de anunciar que estou nomeando o juiz Ketanji Brown Jackson para servir na Suprema Corte. Atualmente servindo no Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito de D.C., ela é uma das mentes jurídicas mais brilhantes de nossa nação e será uma juíza excepcional”, disse Biden.

A escolha de Biden encerrou uma busca de um mês para substituir o juiz Stephen G. Breyer, que está se aposentando. Tanto Breyer como Jackson são considerados progressistas, e a substituição não alteraria o quadro atual entre ministros conservadores (6) e progressistas (3).

Com maioria democrata apertada no Senado americano, Biden deve contar com poucos apoios republicanos, mas que serão suficientes para aprovação de sua indicação.

Ao ser anunciada, a juíza Jackson falou publicamente sobre um tio dela que foi condenado à prisão perpétua. “Eu tenho um tio que foi pego no tráfico de drogas e recebeu uma sentença de prisão perpétua – isso é verdade”, diz ela. Mas ela também observa que a aplicação da lei é fundamental em sua família.

Ela agradeceu Biden por fazer a indicação em meio ao conflito de Rússia e Ucrânia.  

Primeiro presidente americano negro, o também democrata Barack Obama comemorou a notícia. “Quero parabenizar a juíza Ketanji Brown Jackson por sua nomeação para a Suprema Corte. A juíza Jackson já inspirou jovens negras como minhas filhas a mirar mais alto, e sua confirmação as ajudará a acreditar que podem ser o que quiserem”, disse.

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