Biden diz que ofereceu vacinas anti-covid à Coreia do Norte

Presidente norte-americano também disse que pode se reunir com Kim Jong-un

Com agências

Yoon Suk-yeol e Joe Biden em Seul neste sábado (21)
REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou neste sábado (21) que ofereceu à Coreia do Norte vacinas contra a Covid-19. Segundo ele, o governo de Kim Jong-un não respondeu à oferta. 

Biden falou sobre o assunto ao lado do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em Seul, no primeiro compromisso diplomático desde a posse do sul-coreano, há 11 dias.

“Oferecemos vacinas, não apenas para a Coreia do Norte, mas também para a China, e estamos preparados para fazer isso imediatamente”, disse. “Não tivemos resposta”, completou Biden. 

O país já havia recusado outras ofertas de vacina, como a do Covax Facility, aliança internacional liderada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para facilitar a fabricação e distribuição de imunizantes. 

Segundo a agência de notícias estatal KCNA, a Coreia do Norte chegou a 2,24 milhões de casos de febre na sexta-feira (20). Um lockdown nacional está em vigor. 

Armas

Biden e Yoon Suk-yeol concordaram em realizar grandes exercícios militares e implantar mais armas norte-americanas, se necessário, para dissuadir a Coreia do Norte, ao mesmo tempo que se ofereceram para enviar vacinas contra a Covid-19 e se reunir com Kim Jong Un.

Ambos afirmaram que a aliança que seus países mantêm há décadas não deve apenas fazer frente às ameaças norte-coreanas, mas também manter a região do Indo-Pacífico "livre e aberta" e proteger as cadeias de suprimentos globais.

O encontro entre aliados foi marcado pelos dados da inteligência que mostram que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, está preparado para testes nucleares ou de mísseis.

Yoon pediu mais garantias de que os Estados Unidos reforçariam sua capacidade de dissuasão frente as ameaças norte-coreanas. Em uma declaração conjunta, Biden reafirmou o compromisso dos Estados Unidos de defender a Coreia do Sul com armas nucleares, se necessário.

As duas partes concordaram em estudar a possibilidade de expandir seus exercícios militares, que haviam sido reduzidos nos últimos anos devido à Covid-19 e aos esforços para reduzir a tensão com o Norte.

Os Estados Unidos também prometeram implantar "ativos estratégicos" – que normalmente incluem aviões bombardeiros de longo alcance, submarinos com mísseis ou porta-aviões – caso necessário para dissuadir a Coreia do Norte, segundo o comunicado.

Ambos os líderes disseram estar comprometidos com a desnuclearização da Coreia do Norte e abertos à diplomacia com Pyongyang.

Depois da visita à Coreia do Sul neste sábado, Biden vai ao Japão neste domingo (22).

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