O presidente americano Joe Biden falou pela primeira vez depois da retirada das tropas americanas do Afeganistão, nesta terça-feira (31). Ele assumiu responsabilidade pelo fim da ocupação militar americana na região dizendo que era “hora de encerrar esta guerra".
"Em abril, tomei a decisão de encerrar esta guerra. Na época, acreditamos que as forças afegãs teriam a capacidade de controlar o país, mas isso não se confirmou", afirmou, reiterando que as negociações feitas pelo seu antecessor Donald Trump não lhe deram outra alternativa. Garantiu ainda que seguirá que a Casa Branca seguirá apoiando os afegãos, mas por meio da diplomacia.
Biden ainda garantiu que os americanos seguirão nas missões para seguir combatendo as ações terroristas do Estado Islâmico na região, principalmente após o atentado próximo ao aeroporto de Cabul, que deixou mais de 100 mortos.
O mandatário americano tem sido muito criticado por imprensa e opositores pela forma como os Estados Unidos deixaram o Afeganistão, além de deixar farto material bélico para trás, o que se reflete na maior desaprovação de sua gestão.
Após duas décadas, os Estados Unidos partiram do país após a guerra mais longa já enfrentada por eles, deixando um legado de incertezas para a população local e um verdadeiro arsenal em poder do grupo extremista que assumiu o poder.
Nesta terça, integrantes do Talibã usavam uniformes de militares americanos e orgulhosos mostravam aviões e helicópteros abandonados pela tropa na fuga no aeroporto de Cabul. Organizações que monitoram os equipamentos militares apontam que ficaram pra trás mais de 500 mil armas como rifles, pistolas e metralhadoras, além de 72 mil veículos como jipes, caminhões, blindados e tanques de guerra, 100 helicópteros e 65 aviões.
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