Os Estados Unidos vão aumentar o fornecimento de gás natural liquefeito para a União Europeia em 15 bilhões de metros cúbicos neste ano, para minimizar a dependência energética da Rússia.
Depois de uma reunião em Bruxelas, na Bélgica, nesta sexta-feira (25) o presidente americano Joe Biden e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen anunciaram uma força-tarefa conjunta.
“Sem o gás, sem a exportação de gás, a Rússia não tem como pagar pelo seu exército e pagar as suas contas e portanto, ao tirar a Rússia do mercado europeu, você também afeta a capacidade dos russos de manter a guerra. É um jogo extremamente complexo e que envolve muitas frentes. Se a frente militar acontecer, nós vamos estar falando de algo muito dramático não só para Ucrânia, mas para o mundo todo”, explicou o correspondente do Grupo Bandeirantes, Jamil Chade.
O painel terá como objetivo encontrar alternativas de fornecimento, diminuir a demanda geral e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, usando energia limpa. Biden explicou que a Comissão Europeia vai trabalhar com os estados-membros para armazenar gás em todo o continente, construir mais infraestrutura para o recebimento e tomar medidas para aumentar a eficiência do combustível.
A dependência da Europa do gás e do petróleo russos provou ser um grande ponto de discórdia nos esforços ocidentais para punir Moscou pela invasão à Ucrânia. Enquanto os Estados Unidos proibiram as importações de energia da Rússia, a Europa resistiu em cortar os suprimentos por ser altamente dependente. Só a Alemanha, a maior economia do bloco, depende da Rússia para quase 50% de seu gás natural.