Bebê retirada do próprio velório não apresentou sinais vitais na cerimônia, diz perícia

Familiares de uma bebê, que faleceu no último sábado (19), em Santa Catarina, disseram ter visto a criança mexer os braços e as mãos durante o velório

da redação

Ministério Público de Santa Catarina
Reprodução/MPSC

O Ministério Público de Santa Catarina declarou, nesta segunda-feira (21), que a perícia da Polícia Cientifica descartou a possibilidade de uma bebê, retirada do próprio velório na cidade de Correia Pinto, ter apresentado sinais vitais durante a cerimônia. 

O órgão solicitou um laudo cadavérico em caráter de urgência para saber se a criança poderia estar viva no velório. Segundo o Ministério Público, a perícia confirmou que a bebê morreu por volta das 3 horas da manhã de sábado (19), conforme consta no atestado de óbito emitido pelo hospital.

“O documento é sigiloso por se tratar de uma criança, mas o médico legista aponta diversas razões possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e saturação no oxímetro durante o velório”, informou o Ministério Público de Santa Catarina. 

Agora, o MPSC informou que aguarda a conclusão do laudo anatomopatológico para saber a causa da morte e se houve negligência no primeiro atendimento médico, realizado na quinta-feira (17), ou em alguma outra etapa do processo, que deve ser concluído em 30 dias.

O Promotor de Justiça da comarca, Marcus Vinícius dos Santos, afirma que "o Ministério Público continuará acompanhando a investigação para verificar se houve irregularidades".

Entenda o caso

Familiares de uma bebê de oito meses, que faleceu no último sábado (19), em Correia Pinto, disseram ter visto ela mexer os braços e as mãos durante o velório. 

Um farmacêutico, o Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros foram chamados e teriam constatado que a criança apresentava saturação e batimentos cardíacos fracos, além de pupilas contraídas e não reagentes e arroxeamento em algumas partes do corpo. 

Ela foi levada novamente para o hospital, que realizou um eletrocardiograma e confirmou o óbito.

O Promotor de Justiça Marcus Vinícius dos Santos foi informado pelo Conselho Tutelar e, imediatamente, expediu ofício requisitando que a delegada de plantão e a Polícia Científica iniciassem diligências para apurar as circunstâncias da morte da criança, priorizando a realização de exame cadavérico para determinar o horário e as causas do óbito, além de requisitar o prontuário médico da criança e a oitiva do médico, dos pais e de testemunhas, sobretudo dos bombeiros e das conselheiras tutelares que atenderam o caso. 

Foi solicitado, ainda, que a autoridade policial informe as providências adotadas após o conhecimento dos fatos para acompanhamento da investigação pelo MPSC. A bebê foi sepultada no domingo (21).

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