Barragem na Ucrânia foi destruída por explosivos, diz chefe da diplomacia da UE

Josep Borrell disse em entrevista que os explosivos foram instalados ‘dentro da câmara onde estão as turbinas’ e ‘tudo indica’ que foi na região que a Rússia tem controle

Da Redação

Barragem na Ucrânia foi destruída por explosivos, diz chefe da diplomacia da UE
Reprodução/Twitter/Zelensky

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o rompimento de uma barragem hidrelétrica de Nova Jakovka, no sul da Ucrânia, na última segunda-feira (6), foi provocado por explosivos que foram instalados dentro da câmara onde estão as turbinas da represa. A declaração foi dada à emissora pública da Espanha, RTVE

“A barragem não foi bombardeada, mas destruída com explosivos instalados dentro da câmara onde estão as turbinas. Esta parte sob controle russo. Tudo indica que se era onde a Rússia tem controle, dificilmente poderia ser outra pessoa. Em todo caso, as consequências para a Ucrânia são terríveis", declarou Josep Borrell. 

Segundo o chefe da diplomacia da União Europeia, a dimensão do que está acontecendo na região sul da Ucrânia é trágica pelo ponto de vista das pessoas e do impacto que vai causar ao meio ambiente. 

Borrell também garantiu que "entre agora e o verão (no hemisfério Norte), em plena presidência espanhola da União Europeia, a situação de guerra vai piorar. A Ucrânia ainda não lançou a contra-ofensiva que todos esperam". 

Desde o dia que houve rompimento da barragem, os dois países trocam acusações. A água já se espalhou por cerca de 600 quilômetros quadrados. Os alagamentos deixaram até agora cinco pessoas mortas e milhares de vítimas desabrigadas.

Alerta da ONU

A ONU alerta para um desastre ambiental que pode ter consequências humanitárias terríveis para centenas de milhares de pessoas após a explosão que destruiu uma barragem no sul da Ucrânia na última terça-feira (06).

A Organização das Nações Unidas afirmou que uma força tarefa foi montada para fornecer assistência e o abastecimento de água para mais de 16 mil pessoas. A falta de acesso à água potável é a principal preocupação das autoridades sanitárias no momento.

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