Após ficarem fechados por três dias, os serviços não essenciais reabrem em São Paulo, incluindo os bares e restaurantes. As informações são do repórter Lucas Herrero, da Rádio Bandeirantes, no Bora Brasil.
Entre os dias 25 e 27, todo o estado regrediu à fase vermelha do plano de flexibilização, medida que também vai ser adotada entre os dias 1 e 3 de janeiro, por causa do aumento de casos, internações e mortes por Covid-19.
Segundo a Abrasel, associação que representa o setor, a proibição de atendimento presencial durante o Natal foi mais um problema, somado a todas as outras restrições impostas ao longo da pandemia.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Percival Maricato, afirma que as portas fechadas nos dois finais de semana dessa reta final de ano acentuaram o que já estava difícil.
“Pegou mais desprevenido mais quem tinha feito promoções de Natal, já marcado Ceias, e os que marcaram um evento de fim de ano. Sempre há um prejuízo porque [o empresário] monta um estoque e chama funcionário. Mais uma vez o governo detona o setor. O que a gente pode dizer é que é absolutamente inútil porque não é o setor que está causando a pandemia”, disse Maricato.
Prejuízos e projeções pessimistas
A Abrasel calcula que, se as restrições forem mantidas ao longo do primeiro trimestre, cerca de 20% do setor deve sobreviver, apenas.
Uma churrascaria na zona sul da capital paulista tinha reservas para o dia de Natal e até uma comemoração de casamento programada para o sábado, 26. “Esses dias são os melhores do ano para gente”, disse o gerente do estabelecimento Luís Carlos.
“Para nós os seis dias que fecham deixamos de vender aproximadamente dois mil rodízios, que vai fazer falta já no dia 5 [de janeiro] na hora de pagar aluguel e funcionários”, ressalta o gerente que também disse que o prejuízo ficou no valor de R$ 460 mil.